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Choro, birra ou transtorno de ansiedade de separação?

  • Foto do escritor: Juliana Santos
    Juliana Santos
  • 20 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de jul. de 2023

O Transtorno de Ansiedade de Separação na Infância pode ser entendido como uma reação anormal e/ou exagerada frente a uma separação de uma figura de apego a um ente querido (mãe, pai, irmão, avós etc.), de modo que essa separação pode ser imaginária ou real.


Apesar de estar geralmente associada a crianças, é possível observar também a ansiedade de separação em adultos. Geralmente, essas situações não foram tratadas na infância e progrediram para a vida adulta. Então, para evitar tais situações, que tal conhecer um pouco mais sobre isso?


Existem três características chaves do transtorno de ansiedade de separação:

O medo excessivo e persistente antes e no momento da separação;

Sintomas comportamentais e somáticos antes, durante e depois da separação; e

Esquiva persistente ou tentativas de escapar da situação de separação.


Nos bebês, o pico da ansiedade pode ocorrer mais ou menos entre 8 meses e 1 ano. O medo de ficar longe, principalmente da mãe, é normal, afinal, é quando os bebês começam a entender que a mãe e ele não são uma coisa só. Então, basta ele não ver a mãe ou não ouvir a voz dela, que ele já chora. E ele chora porque acha que está perdendo a mãe. Às vezes, a mãe apenas saiu do quarto e foi para a sala por um breve instante, mas só isso já é motivo de ansiedade.


Já nas crianças, a maior prevalência gira em torno dos 4 anos, período em que normalmente os pais matriculam os filhos na escola. A angústia ao ter que ficar só, as crises de choro insistentes e o que chamamos de “birra” podem ser um dos sinais do aparecimento do transtorno.


Nele, a ansiedade é focalizada sobre o temor relacionado à separação, e muitos deles tendem a se recusar a ir à escola, a um acampamento ou a sair de casa para qualquer outro lugar. Algumas crianças são incapazes de ficar sozinhas num quarto, pois dormir também pode parecer um desafio. Nessa situação, costumam insistir para que alguém fique no quarto até elas adormeçam, para se sentirem mais seguras enquanto acordadas.


Esse transtorno ainda não possui causas exatas que o identificam. Mesmo assim, existem certos fatores que podem ser apontados para o desenvolvimento do transtorno. Dessa forma, o primeiro aspecto a ser observado é a possível superproteção dos pais. Viver em um ambiente de muita proteção pode ser prejudicial.


Outra possibilidade é o advento de algum evento traumático ou estressante. A morte de um ente querido ou até de um animal de estimação pode ser o suficiente para desencadear os sintomas nas crianças.


O acompanhamento psicológico é importante tanto para o paciente, quanto para os entes próximos. Ele irá auxiliar na identificação dos gatilhos que disparam os sintomas físicos, ajudará a criança a lidar com esses sentimentos e dará instruções para as figuras de apego, propiciando recursos e técnicas para que o paciente e familiares utilizem durante as crises. Assim, será possível conseguir ter um maior controle durante o cotidiano e nos momentos difíceis de desamparo.


É importante salientar que medicamentos também podem ser utilizados, porém, somente em casos graves, mediante avaliação. Por Juliana Santos de Oliveira Psicóloga

 
 
 

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