Obesidade infantil: causa, dados e consequências...
- Simone Zambroni
- 23 de mai. de 2023
- 2 min de leitura
Hoje a obesidade infantil é considerada uma epidemia de saúde pública mundial! Os números são alarmantes: segundo a Abeso no Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.
A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das crianças e adolescentes, além do aumento do sedentarismo. Já em relação as crianças, o Ministério da Saúde estima que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e mais de 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.
Não é um texto para assustar ninguém, apenas para esclarecer o porque devemos ficar alertas com a SAÚDE das nossas crianças! Hoje muitas crianças já tem doenças que antes eram de adultos e muitas estão relacionadas com o excesso de peso e estilo de vida!

O que é obesidade? É o acúmulo excessivo de gordura corporal gerado por um desequilíbrio do metabolismo. A obesidade é considerada uma doença crônica, complexa, de etiologia multifatorial e resulta de balanço energético positivo. O seu desenvolvimento ocorre, na grande maioria dos casos, pela associação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais como estilo de vida.
Quais as consequências da obesidade? A importância da obesidade está na sua associação a um conjunto de doenças, caracterizadas por hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes mellitus tipo 2. Além de gerar inflamação no corpo e poder ter impacto psicossocial, respiratório como apineia do sono, dores nas articulações, entre outros.
Como saber se a criança está sobrepeso ou obesa? De acordo com a curva de crescimento de peso e altura para a idade, e/ou cálculo de IMC (índice de massa corporal).
Quando devo começar a me preocupar? Alguns períodos de desenvolvimento são marcos de mudança de crescimento e até mesmo no padrão alimentar e por isso vale atenção especial como: nos primeiros 1000 dias, que engloba a gestação e os primeiros 2 anos de vida da criança, a primeira infância e adolescência.
Cada criança é única e por isso os pais devem olhar de forma individual, sem comparações! O acompanhamento com pediatra é FUNDAMENTAL e não só quando são bebes, ao longo de toda infância. Analisar o ganho de peso, bem como as curvas, o IMC somado aos sinais de desenvolvimento também é importante para um diagnóstico precoce.
O papel do nutricionista no tratamento da obesidade infantil: A consulta com a nutricionista pode ser para a prevenção ou tratamento da obesidade. Diversos estudos mostram que a obesidade infantil está ligada ao aumento do consumo de alimentos ultra processados como salgadinhos de pacote, refrigerantes, sucos de caixinhas, biscoitos recheados, macarrão instantâneo.
Os motivos podem ser diversos: por preço, praticidade, seletividade alimentar, mas o fato é que estes produtos são vilões na alimentação infantil. Por isso é fundamental entender a rotina de vida, atividades, hábitos alimentares e preferências tanto da criança quanto de toda a casa para então sugerir mudanças e melhorias na alimentação.
Meu papel junto a família é pensar em como mudar este cenário, quais opções estão ao alcance e são fáceis de serem seguidas em busca de uma alimentação mais saudável para um futuro de muita saúde as crianças! Pais e mães, não tenham vergonha de procurar ajuda! Contem comigo!
Escrito por Simone Zambroni Nutricionista
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